Compositor: Nino Rota / Ernesta Rota / Eugène Labiche / Marc Michel
[Fadinard]
Parto da fazenda às sete da manhã
E mesmo que ninguém me motivou
Salto na carruagem, e vou!
Para verificar se estava pronta
Minha futura casa
Corro para cá, em direção a cidade
Em grande velocidade
Chicoteio o cavalo, chicoteio alegro
Na ânsia de chegar
Que quase me faz voar
Em plena corrida, bati num galho
O chicote cai no chão
Não o encontro mais, que aflição!
[Vezinet]
Oh, que sorte!
[Fadinard]
Que droga!
(Nunca lembro que és surdo!)
Paro o cavalo e aceno
Perto está o chicote de cavaleiro
Que reluz sob um espinheiro
Ao tentar pegá-lo, rasgo as calças
[Vezinet]
Eu me alegro muito, muito
[Fadinard]
Dale!
Quando me viro, não há mais carruagem
Procuro na mata até o final do vale
E não encontro mais?
O meu cavalo
Meu cavalo que balbucia cheio de ardor
Com palha, com um pedacinho com fitas e vermelha flor
Estou por me aproximar, e escuto a voz
De uma mulher do outro lado
Que grita
Oh, céu! Oh, céu!
O meu chapéu! O meu chapéu!
Aquele pedaço de palha era um chapéu!
Em um raminha fresca, bela
Estava pendurado lá
Enquanto ela
Pelo bosque, em companhia de um militar
Que a abraçava
[Vezinet]
Te pediu os confetes?
[Fadinard]
Nada de confetes!
Estou prestes a pedir desculpas à senhora
Mas seu belo militar aparece agora
Me insulta, ameaçando-me, e então ataca
Para evitá-lo, refugio-me na carruagem
O cavalo se assusta
Se ajeita e parte
E eis-me aqui!